12 de janeiro de 2012

pressentimento


[foto de Berenice Abbot]

sei que digo muito
quando te olho:
as palavras querem saltar
da minha garganta,
mas se arrastam no papel
goela adentro.

não sei o que espero da Poesia
nem de você.
acho que não espero nada,
apenas pressinto:
nossos corpos
no espaço.

só há uma coisa que me fará
dizer tudo
e não precisar dizer nada:
você
em mim.

4 comentários:

Daniel Nunes Santos disse...

Em suma, na cama a poesia é dispensável, mas conta como preliminares... rs

Realmente, creio que em algumas circustâncias não é ncessário dizer nada. Para (quase) todas as outras, a poesia serve como artifício... e maquiagem...

Unknown disse...

É meu amor... vejo despontar cada vez mais essa linguagem mais própria e livre de formalismos que voce anda procurando. Voce me faz ver a poesia como a arte das sutilezas. Te amo

Anônimo disse...

Minha querida Raquel

Que blog bacana você tem. Adorei o poema.É aquele caso filha de peixe peixinho é.Creia que você é um enorme talento, passarei mas por aqui.


Um beijão

L.G.

Anônimo disse...

Querida Rachel

Vejo duas coisa em seus poemas. Vejo um livro de poesia maravilhoso surgindo, e vejo uma letrista de música popular do primeiro time.

Beijão

L.G.